Previna o cancro / Mude de Vida

Em Novembro de 2007, foi publicado um estudo sobre o risco de sofrer de diferentes tipos de cancro e os diferentes estilos de vida. Este estudo combina investigações de referência com conhecimentos científicos internacionais, e foi publicado juntamente com o Fundo Mundial para a Investigação do Cancro (WCRF) e Instituto Americano para a Investigação do Cancro (AICR). Este é o estudo mais completo acerca da relação existente entre a dieta, a composição corporal, a actividade física e os diferentes tipos de cancro.

Actividade física – Existem provas sólidas de que a actividade física protege o cancro do cólon e, provavelmente também, o cancro do endométrio e da mama, em mulheres pós-menopausicas. As evidências sugerem que todos os tipos e níveis de actividade física podem ter um efeito protector.

Gordura Corporal – A relação causal entre o aumento de gordura corporal e o cancro é mais forte actualmente do que na década de 90. Existem evidências concretas de que há uma relação causal entre o aumento de gordura corporal e o cancro do esófago, pâncreas, cólon, endométrio, mama, rins, e provavelmente também com o cancro da vesícula biliar (tanto directa como indirectamente mediante a formação de cálculos biliares).

Fibra dietética – A fibra dietética encontra-se principalmente nos cereais, raízes, tubérculos, leguminosas, frutas e legumes. Existem provas que mostram o efeito protector das fibras contra o cancro do intestino. Este componente aumenta o peso das fezes, acelera o trânsito intestinal e provavelmente também a passagem de substâncias cancerígenas no organismo; as fibras são também fermentadas no intestino, pelas bactérias intestinais, produzindo ácidos gordos de cadeia curta que ajudam a manter saudáveis as células intestinais.

Álcool – As provas são cada vez mais consistentes quanto à relação causal entre o consumo de álcool e o cancro da boca, garganta, esófago, cólon e cancro da mama. Além disso, é provável que exista um risco acrescido nas mulheres, entre o consumo de bebidas alcoólicas e o cancro hepático e intestinal.

Carne, aves, peixe e ovos – Acredita-se que o Homem evoluiu de omnívoro e que uma dieta saudável inclui alimentos de origem vegetal e animal (como carne, peixe e ovos). Estes alimentos são ricos em proteínas de alta qualidade e micro nutrientes essenciais. Não existem provas conclusivas de que a continuação do consumo de carne vermelha e processada pode aumentar o risco de cancro no intestino.

Gorduras, óleos, açúcares e sal – As gorduras, os óleos e os açúcares são os constituintes mais energéticos da nossa dieta. As gorduras e os açúcares são os componentes de muitos alimentos e bebidas com elevada densidade calórica, o que contribui para o excesso de peso e, consequentemente, para o aumento do risco de cancro. No entanto, não há uma associação directa sólida que confirme a relação das gorduras, óleos e açúcares com o cancro. O elevado consumo de sal, e alimentos conservados neste, contribui para o aumento do risco de cancro gástrico.

Conclusão – A escolha de um estilo de vida saudável e de uma dieta adequada desde os primeiros anos de vida, ajudam a reduzir o risco de certas doenças como a obesidade, as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes e alguns tipos de cancro. Para ter uma dieta saudável é preciso ter uma dieta equilibrada, consumindo uma grande variedade de alimentos, mas alguns deles com a moderação necessária. Estas pesquisas tornam evidente a presença de factores causais fortemente ligados à distribuição epidemiológica do cancro: o sedentarismo e o factor alimentar caracterizado por uma dieta pobre em fibra e rica em gordura.

Fonte: WCRF/AICR (2007). Food, Nutrition, Physical Activity and the Prevention of Cancer

j.m.a.

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